quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

O aborto dos outros - resenha do filme


Resenha

O filme do gênero documentário, “O aborto dos outros”, teve sua estreia em 5 de setembro de 2008, no Brasil, seu país de origem, dirigido pela diretora Carla Gallo, com 72 minutos de duração e distribuído pela Califórnia Filmes, empresa brasileira. O documentário retrata a realidade dos abortos, legais e ilegais, existente no Brasil e todas as suas consequências.
Atualmente no Brasil morre aproximadamente, segundo fontes do próprio documentário, mais de 70 mil mulheres vítimas de abortos mal sucedidos e o trauma que fica para as famílias são irreversíveis. E segundo o IMS (Instituto de Medicina Social), somente em 2005 foram realizados, 1.054.243 abortos no Brasil, a maioria de forma clandestina e segundo o mesmo instituto, a maior parte ocorreram nas regiões Norte e Nordeste do Brasil.
O aborto representa um grave problema de saúde pública e de justiça social no Brasil. A prática do aborto é crime, sendo permitido pela lei penal somente em duas circunstâncias: no caso de violência sexual (estupro) ou riscos à vida da mulher. (Artigo 128, I e II do Código Penal).
Pode-se constatar que na sua maioria os abortos são realizados de forma precária e bem rudimentar, sem se importar de terem qualquer tipo de cuidado com a vida da gestante, que naquele momento está sem nenhuma condição de analisar os riscos que está correndo, até porque, já se tornaram um hábito recorrer á essas práticas nas regiões mais pobres e desfavorecidas do país.
O filme em si, nos faz refletir e até fazer um julgamento próprio e talvez até imponderado das pessoas envolvidas nas práticas abortivas. Dizer simplesmente que tais pessoas estão cometendo um crime seria uma redundância, pois todas escondem os rostos e não querem ter suas identidades conhecidas por saberem que a sociedade, em geral, as julgará, mesmo não vivenciando a situação nem querendo saber se é ou não lícito tal atitude e como ocorreu a gravidez.
Mãe solteira, gravidez indesejada, estupro, abandono do marido, má formação do feto, descuido na hora da relação, muito jovem para ser mãe, são inúmeros os motivos que levam tais pessoas a recorrerem aos variados meio abortivos para se desfazerem do feto. Mas, é nítida a expressão de arrependimento e sofrimento que sofre cada mãe, ao acompanhar suas filhas durante a intervenção as quais se sujeitarão. 
Já os métodos legais adotados, segundo as autorizações previstas em leis, são totalmente distintos dos realizados ilegalmente. Pois, as gestantes, vítimas dos estupros ou que correm sérios riscos de vida com a gravidez, tem total apoio médico e psicológico com acompanhamento desses profissionais até o momento da intervenção para retirada do feto.
Mas, há que se destacar o difícil caminho que percorre a vítima de um estupro ou a pessoa que requer os seus direitos na justiça, pois para ter esse direito garantido tem um longo caminho que percorrer e a demora é cruel, o feto vai crescendo, se desenvolvendo e a angústia se tornando ainda maior e mais penosa a decisão do aborto, pois cada dia parece um século e o momento tão esperado é o mais angustiante, mostrando assim, os efeitos perversos da criminalização para as mulheres que se submetem a esta prática.
Muito já se falou á respeito desse tema e muitas são as falácias apresentadas pelos políticos que em períodos eleitorais, prometem apresentar propostas para regulamentar a prática do aborto em geral, mas batem de frente com a religião que é totalmente contra em qualquer hipótese.
Sabemos que a vida é o valor maior que uma pessoa tem e que ninguém tem o direito de tirá-la, mas o governo deveria agir com maior rigor e eficácia, orientando e assistindo todas aquelas que realmente não desejam ter esses filhos, mas acompanhando a gravidez até o final e logo após encaminhando a criança para adoção e em caso de aborto clandestino ser mais dura as penas àqueles que vêem no desespero dessas mulheres uma forma de obterem certas vantagens, com a venda de remédios abortivos e até mesmo com intervenções diretas com aspiração do feto no útero.
A educação ainda é o meio mais eficaz para se resolver qualquer problema social, pois uma criança com um bom nível intelectual, certamente será um adulto mais apto a enfrentar qualquer tipo de dificuldades que a ele se apresentar. Assim sendo, tudo o que deixarmos de fazer hoje para orientarmos nossos jovens, sofreremos as consequências no futuro.                 
                                http://www.youtube.com/watch?v=de1H-q1nN98
                             

                                         Trabalho apresentado no Curso de Direito.
Espero poder contribuir com esse trabalho a outros colegas acadêmicos do mesmo    Curso   ou de outras áreas. 
Se foi útil...comente ou curta. Obrigado!
                        

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