Resenha
O filme do
gênero documentário, “O aborto dos outros”, teve sua estreia em 5 de setembro
de 2008, no Brasil, seu país de origem, dirigido pela diretora Carla Gallo, com
72 minutos de duração e distribuído pela Califórnia Filmes, empresa brasileira.
O documentário retrata a realidade dos abortos, legais e ilegais, existente no
Brasil e todas as suas consequências.
Atualmente no
Brasil morre aproximadamente, segundo fontes do próprio documentário, mais de
70 mil mulheres vítimas de abortos mal sucedidos e o trauma que fica para as
famílias são irreversíveis. E segundo o IMS (Instituto de Medicina Social),
somente em 2005 foram realizados, 1.054.243 abortos no Brasil, a maioria de
forma clandestina e segundo o mesmo instituto, a maior parte ocorreram nas
regiões Norte e Nordeste do Brasil.
O aborto
representa um grave problema de saúde pública e de justiça social no Brasil. A
prática do aborto é crime, sendo permitido pela lei penal somente em duas circunstâncias:
no caso de violência sexual (estupro) ou riscos à vida da mulher. (Artigo 128,
I e II do Código Penal).
Pode-se
constatar que na sua maioria os abortos são realizados de forma precária e bem
rudimentar, sem se importar de terem qualquer tipo de cuidado com a vida da
gestante, que naquele momento está sem nenhuma condição de analisar os riscos
que está correndo, até porque, já se tornaram um hábito recorrer á essas
práticas nas regiões mais pobres e desfavorecidas do país.
O filme em si,
nos faz refletir e até fazer um julgamento próprio e talvez até imponderado das
pessoas envolvidas nas práticas abortivas. Dizer simplesmente que tais pessoas
estão cometendo um crime seria uma redundância, pois todas escondem os rostos e
não querem ter suas identidades conhecidas por saberem que a sociedade, em
geral, as julgará, mesmo não vivenciando a situação nem querendo saber se é ou
não lícito tal atitude e como ocorreu a gravidez.
Mãe solteira,
gravidez indesejada, estupro, abandono do marido, má formação do feto, descuido
na hora da relação, muito jovem para ser mãe, são inúmeros os motivos que levam
tais pessoas a recorrerem aos variados meio abortivos para se desfazerem do
feto. Mas, é nítida a expressão de arrependimento e sofrimento que sofre cada mãe,
ao acompanhar suas filhas durante a intervenção as quais se sujeitarão.
Já os métodos
legais adotados, segundo as autorizações previstas em leis, são totalmente
distintos dos realizados ilegalmente. Pois, as gestantes, vítimas dos estupros
ou que correm sérios riscos de vida com a gravidez, tem total apoio médico e
psicológico com acompanhamento desses profissionais até o momento da
intervenção para retirada do feto.
Mas, há que se
destacar o difícil caminho que percorre a vítima de um estupro ou a pessoa que
requer os seus direitos na justiça, pois para ter esse direito garantido tem um
longo caminho que percorrer e a demora é cruel, o feto vai crescendo, se
desenvolvendo e a angústia se tornando ainda maior e mais penosa a decisão do
aborto, pois cada dia parece um século e o momento tão esperado é o mais
angustiante, mostrando assim, os efeitos perversos da criminalização para as
mulheres que se submetem a esta prática.
Muito já se
falou á respeito desse tema e muitas são as falácias apresentadas pelos
políticos que em períodos eleitorais, prometem apresentar propostas para
regulamentar a prática do aborto em geral, mas batem de frente com a religião
que é totalmente contra em qualquer hipótese.
Sabemos que a
vida é o valor maior que uma pessoa tem e que ninguém tem o direito de tirá-la,
mas o governo deveria agir com maior rigor e eficácia, orientando e assistindo
todas aquelas que realmente não desejam ter esses filhos, mas acompanhando a
gravidez até o final e logo após encaminhando a criança para adoção e em caso
de aborto clandestino ser mais dura as penas àqueles que vêem no desespero
dessas mulheres uma forma de obterem certas vantagens, com a venda de remédios
abortivos e até mesmo com intervenções diretas com aspiração do feto no útero.
A educação
ainda é o meio mais eficaz para se resolver qualquer problema social, pois uma
criança com um bom nível intelectual, certamente será um adulto mais apto a
enfrentar qualquer tipo de dificuldades que a ele se apresentar. Assim sendo,
tudo o que deixarmos de fazer hoje para orientarmos nossos jovens, sofreremos
as consequências no futuro.
http://www.youtube.com/watch?v=de1H-q1nN98
Trabalho apresentado no Curso de Direito.
Espero poder contribuir com esse trabalho a outros colegas acadêmicos do mesmo Curso ou de outras áreas.
Se foi útil...comente ou curta. Obrigado!
http://www.youtube.com/watch?v=de1H-q1nN98
Trabalho apresentado no Curso de Direito.
Espero poder contribuir com esse trabalho a outros colegas acadêmicos do mesmo Curso ou de outras áreas.
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