sábado, 21 de janeiro de 2012

Uma triste realidade indígena


            Crianças enterradas vivas - Uma triste realidade indígena


                           
Existem vários comentários sobre os funerais de Toraja e sobre a questão da cultura em diferentes regiões do mundo, onde eventos que nos parecem bizarros, para determinados povos não os são. Mas será que não existe limite para os extremismos culturais que, muitas vezes, envolvem sacrifícios banais em nome de uma tradição que no mundo moderno soa ultrapassada e sem sentido.Uma organização sem fins lucrativos conhecida como ‘ATINI – Voz pela Vida’ desenvolveu um projeto em defesa da luta contra as práticas do infanticídio no mundo. Segundo eles, todos os anos centenas de crianças são sacrificadas em nome de uma tradição cultural seguida por determinados povos.  
Na África Central e Ocidental, por exemplo, recém-nascidos que nascem com alguma deficiência são alvos de um preconceito extremo e são deixados à sorte até morrerem, o que geralmente causa alívio para todos. Na Índia, a família tem preferência pelas crianças do sexo masculino e, por essa razão, muitas mulheres são levadas a abortar o bebê quando descobre que é do sexo feminino. Além disso, as meninas são obrigadas a comer o resto de comida dos pratos dos meninos, geralmente adoecem mais e são as últimas a serem atendidas no sistema de saúde.
 Em algumas regiões de Camarões, Gabão, Nigéria e Libéria, crianças sensíveis e sonhadoras são acusadas de terem poderes diabólicos e são ligadas a eventos relacionados a acidentes e infortúnios. Em Benin, para uma criança ser morta basta ser encaixada em um desses requisitos: que na hora do parto saia primeiro os pés, ombros ou nádegas; que nasça com o rosto virado para baixo; que a mãe morra durante o parto; que nasçam primeiro os dentes inferiores, ou que simplesmente  não nasçam até os 8 meses de idade. Os pais ainda são obrigados a presenciar tudo e pagar pelo serviço. Um absurdo!
Aqui no Brasil também há registros de infanticídio em algumas tribos. O critério para determinar se uma criança deve ou não ser sacrificada é o fato de ela ter nascido com alguma deficiência física ou mental, de serem gêmeos, ou nascer de uma relação extra-conjugal. Uma grande discussão tem sido levantada em torno desse assunto, entre os defensores da prática em nome da preservação da cultura e aqueles que são a favor do fim dos sacrifícios. Aí nos perguntamos novamente: até onde uma tradição troglodita deve ser tolerada?

Isso me faz lembrar da era medieval onde a igreja concentrava o poder e matava milhares de pessoas em nome de Deus durante a inquisição. O propósito disso era claro, enquanto ela mantinha o povo sob controle permanecia inatingível. Depois que perdeu sua força com o tempo, hoje se limita a emitir opiniões condenando determinadas práticas como o uso da camisinha, numa época onde doenças como a Aids estão proliferando por todas as partes.

                                **CENAS CHOCANTES**
         


A ATINI, em 2008 lançou um documentário chocante sobre a prática de se enterrar crianças vivas, consideradas ‘amaldiçoadas’, em algumas tribos brasileiras. O nome do documentário é ‘Hakani, Enterrada Viva – a história de uma sobrevivente’ e conta a história de uma jovem índia chamada Hakani que nasceu 1995, numa tribo suruwaha, semi-isolada no sul da Amazônia. Como ela não se desenvolveu bem até os dois anos − tinha hipotireoidismo congênito − ela foi rejeitada pela tribo e seus membros pressionaram os pais de Hakani para que eles a sacrificassem. Porém o peso de ter que matar um filho foi demais para eles e os pais da menina resolveram se suicidar, deixando a indiazinha e um irmão órfãos. Sobrou então para o irmão mais velho a responsabilidade de matar a menina. Ele a levou para um local próximo a maloca, cavou uma cova rasa e a enterrou viva diante de alguns índios. Dentro da terra ainda dava para ouvir o choro abafado da criança (alguns relatos dizem que crianças enterradas vivas passam horas chorando debaixo da terra antes do silêncio prenunciar sua morte). Porém, antes que o choro de Hakani fosse silenciado seu irmão a desenterrou e a levou para o avô. Como se não bastasse todo esse drama, a tribo voltou a pressionar a morte da menina e coube ao avô essa triste responsabilidade. Ele tentou sacrificar a criança com uma flecha no coração, mas errou o alvo e atingiu o ombro da menina. Resultado disso: seu remorso pela situação foi tão grande que resolveu tomar um veneno conhecido como timbó e veio a falecer também. Aos 2 anos e meio a pequena índia viveu em condições subumanas na tribo onde era considerada um ser amaldiçoado. Porém, sua vida finalmente teve uma reviravolta depois de 3 anos de sofrimento físico e psicológico com o povo suruwaha. Hakani finalmente foi resgatada por um de seus irmãos e levada até um casal de missionários, Márcia e Edson Susuki, que trabalhava com o povo suruwaha a mais de 20 anos. Comovidos com a história de vida da garota eles passaram a cuidar dela como se fosse sua própria filha. Para se ter uma idéia do estado deplorável em que a menina se encontrava, ela, com 5 anos de idade, pesava apenas 7 quilos e media 69 centímetros de estatura. Os missionários decidiram posteriormente pedir permissão para o governo para poder adotar Hakani e levá-la para a cidade. Recebendo carinho e tratamento adequado, dentro de pouco tempo Hakani voltou a falar e a andar e o inocente sorriso que havia sido perdido há tempos voltou a brotar do seu rosto.



Fontes: opiniãominjiniana.com
 

2 comentários:

  1. Triste mesmo isso! Lamentável! Quando isso irá mudar?

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  2. Chocante e lamentável, ainda mais, que não está sendo feito pra impedir tais abusos, em prol da "cultura".

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P R O C U R A Ç Ã O     OUTORGANTE: ANTONIO FAGUNDES , brasileiro, casado, motorista, portador da cédula de identidade 1.234...